A Grande Guerra - Contra o PI

Na passada quarta-feira (12-01-2011) combinei um jogo de Paths of Glory contra o Paulo Inácio.

Tirámos à sorte o lado que defenderíamos nas trincheiras espalhadas por essa Europa fora e a sorte definiu que eu jogaria com os Central Powers e ele ficava com os Aliados.

O jogo começou com a abertura clássica. Nos primeiros "dias" a acção desenvolveu-se em Sedan (mais conhecido com o lugar do morto). Uma contra ofensiva do exército francês e a retirada dos exércitos alemães para Liège alteraram radicalmente a acção e esta passou a centrar-se na frente Este.

Aqui o fantástico (cof cof) exército Austro-Hungaro derrubou a fraca oposição feita pelos Sérvios, deixando toda a frente centrada na fronteira Russa.

O primeiro turno terminou um pouco como havia começado, apenas com a diferença já referida dos Sérvios e de alguns exércitos amontoados na pilha dos mortos, principalmente Austro-Hungaros e Franceses.

No segunto turno a acção foi pouca, como é habitual. A entradas de exércitos de ambos os lados, sendo que o Alemão enviou um exército para Breslau, de modo a intimidar os russos. A acção propriamente dita desenvolveu-se toda à volta de Konigsberg. Aí o exército alemão que inicia o jogo posicionado na frente leste foi eliminando fortes e posições russas. De destacar que no final do turno os Central Powers empenharam um grande esforço no guerra (War status) e subiram a escalada para Limited War, enquanto os aliados se mantiveram apenas em Mobilização.

O Outono de 1914 foi onde mais acção decorreu. Com o Inverno a chegar, a acção centrou-se mais uma vez na frente leste. Os russos investiram forte na destruição das posições Austro-Hungaras. Mas a chegada do Exército alemão e uns ataques bem sucedidos por parte dos AH rapidamente provocaram a retirada dos russos para o seu território. Dividido entre a parte Norte e Sul da frente , o Russo parecia ineficaz com tamanha frente para dar conta.

Situação do tabuleiro na Frente Leste no final do Outono de 1914

Na Frente Ocidental nada de novo, a não ser a chegada de 2 exérictos Britânicos, numa tentativa dos aliados de aliviarem a pressão aos Russos. A destacar também umas escaramuças por parte do VII Exército alemão para tentarem ganhar Belfort, tentativas essas que se revelaram inconsequentes.

Situação do tabuleiro na Frente Oeste no final do Outono de 1914

O Inverno de 1915 provocou uma nova alteração do frentes. Vendo os britânicos a chegarem à frente e destacados numa posição dificil (Sedan - o já referido lugar do morto), os alemão lançaram um forte ataque nesta frente. Sedan e Bruxelas foram tomadas em questão de dias. Belfort, no Sul de França também caiu e com esta configuração toda a frente ficou ameaçada, pois os flancos estavam abertos. No resto do inverno assitimos a uma constante lufa-lufa por parte dos aliados no sentido de não perderem toda a frente por falta de mantimentos. No final do Inverno os aliados comprometeram-se mais com esta guerra subindo também a escalada para Limited War, mas parecia já ser tarde demais.

Na Primavera de 1915 os Exércitos alemães continuaram a dizimar os pobres franceses e britânicos que lhes foram aparecendo pela frente. Parecia inevitável a tomada de Paris. Como se previa o restante da frente francesa (Verdun e Nancy) acabaram por ficar sem mantimentos e Paris estava à mercê do exército alemão.

A Frente Oeste condenada à fome. Não há croissants para os Franciús :D

Ainda jogámos mais um turno, mas o que parecia inevitável acabou mesmo por se confirmar. O poder germânico era efectivamente muito e com os russos remetidos para posições muito atrás da sua fronteira e com o resto do exército às portas de Paris, os Aliados abdicaram.

A aliança Central Powers-Batman deu cabo da Tripla Entente.

Pensamentos: Pareceu-me, visto do lado vitorioso, que a demora que os Aliados tiveram para entrar em Limited War (embora fosse dificil fazerem-no no 2º turno, tinha sido possivel fazê-lo no 3º) bem como uma distracção provocada pelos Austriacos na frente Leste que acabou por derrubar os franceses na frente oposta foram as principais causas da derrota dos Aliados.

A repetir e num futuro próximo.

Carlos Ferreira

brainstorm@spielportugal.org

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