Strike of the Eagle - Preview

…Ou como soviéticos e polacos não partilham a mesma garrafa de vodka.Há qualquer coisa entre os Polacos e os Russos que não bate certo. Só no Wikipedia estão referenciadas 12 guerras entre estes 2 povos. É tipo um derby. Vai em 4 vitórias para os polacos, 2 empates e 6 vitórias para os russos (ou soviéticos).

Tudo começou no longinquo ano de 1086 e a última guerra foi entre 1919 e 1921. E é este último confronto que o Strike of the Eagle tenta retratar.

Strike of The Eagle é daqueles jogos que não enganam. Primeiro a utilização de águia no nome é logo um bom sinal. Depois este é um remake de um outro jogo - The Eagle and the Star – que era já muito bom. Nesta versão são limadas algumas arestas (principalmente no inglês usado nas cartas),

mas as diferenças não se ficam por aqui. Temos os líderes, que não existiam na versão anterior e além disso temos mais uns quantos cenários adicionais, dos quais destaco o de campanha (ou seja toda a guerra) algo que faltava claramente ao irmão mais velho deste jogo.

Este é um Card Driven diferente do habitual. A cada impulso jogamos (ou não) uma carta. Esta carta pode servir para criar um evento, ou para aumentar o nosso número de ordens, visto que em cada impulso já temos 2 de borla. Além de ser card driven, este jogo é também um jogo de blocos, o que vem adicionar o fog of war, que é ainda mais espesso, tipo Londres, mesmo, quando as ordens que nós damos são também escondidas.

O bluff está sempre presente neste jogo, e conseguir adivinhar o que o(s) nosso(s) oponente(s) quer(em) fazer pode ser a chave da vitória (não, não é da águia). Repararam nos (s)’s… mais uma diferença para muitos CDG. O jogo é para 2-4 jogadores.

O jogo vive, claro está, das batalhas. Também aqui nem tudo o que luz é ouro. As movimentações são fundamentais e os ataques flanqueados são quem mais brilha. Um ataque a um espaço, que não esteja fortificado, vindo de vários lados reduz a força das unidades que estão a defender esse espaço. Assim, se no inicio podiamos ter 8 de força nesse local, se o ataque vier de 4 lados diferentes então a força do defensor passa a ser apenas de 2.

Isto é como na bola… ter o Nico e Toto a meter bolas para o Tacuara ajuda muito :D

As batalhas não são resolvidas com dados, lá está, eu disse que o jogo era diferente, não disse? Podemos jogar uma carta da mão para adicionar força, ou uma do baralho. Se for da mão vale +1 ponto, se for do baralho… bem, é quase como um dado.

E as batalhas servem para? Ora muito bem, o mapa tem várias cidades de vitória. No final do cenário contabilizam-se os pontos. Quem tem mais ganha… lá está, o jogo também não podia ser assim tão diferente. Além disso há cenários em que conquistar uma determinada cidade dá pontos adicionais. O que ajuda.

Podia dizer muito mais coisas sobre este jogo, mas… é só marcarem num local que eu jogo. Caso isso não seja possível, terão que esperar até Maio (?), data prevista para o jogo sair no mercado.

Uma boa escolha para uma guerra diferente.

Se a qualidade dos componentes for a standard da Academy Games (Conflict of Heroes), então teremos aqui jogo para um 10 (dez). Assim, de caras, sem medos.

Carlos Ferreira - brainstorm@spielportugal.org

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