2012

And the winner is...

Keyflower

"On behalf of Sebastian and myself, I would like to say how delighted we are that Keyflower has been chosen as the winner of the 'Jogo do Ano 2012' award. There were several great games published in 2012 and included in the shortlist, which makes winning the award all the more pleasing. We tried to design a game which was accessible, provided lots of player interaction through the game mechanisms and required meaningful and interesting decisions which led to positive actions and results. It is rewarding when these efforts are recognised in this way and we would like to thank all of those who were involved in the game’s selection and those Portuguese gamers who have played the game. Hopefully after this award there will be many more! We are excited about a full expansion for the game ‘Keyflower - the Farmers’, which will be released at the Essen Spiel in October 2013, as this brings even more variety into the game and introduces animeeples into the fields created by the road layout. So if gamers have enjoyed Keyflower, we feel sure they will enjoy it even more with the Keyflower – the Farmers expansion. Thank you for running this award and once again for selecting Keyflower as the winning game"

- Richard Breese

Spiel Portugal dixit

A genialidade de Keyflower reside no equilíbrio extraordinário da simplicidade das suas regras com a complexidade da experiência de jogo. O jogo tem uma profundidade estratégica que nos encanta e fascina, mais ainda porque deriva de um conjunto de regras tão simples e fáceis de entender e no entanto difíceis de dominar. Organizar as multidões que chegam ao novo mundo é a missão proposta ao jogador neste jogo, e só fazendo uso de astúcia nos leilões, planificando a melhor forma de dar uso aos trabalhadores, idealizando as ligações corretas dos vários elementos do jogo, é que se consegue almejar a vitória.

Num ano em que os restantes candidatos ao prémio eram pesos pesados como são os casos de Android: Netrunner, Gingkopolis, Terra Mystica e Tzolk'in, a Vitória do Keyflower são ainda mais reforçada.

Parabéns a Breese e Bleasdale por este soberbo jogo!

Luis Costa

Escolher o melhor jogo do ano nunca é tarefa fácil. Às vezes não é porque há muitos e bons jogos, outras não será porque há poucos e razoáveis. Este ano 2012 trouxe-nos muitos jogos de categoria superior.

O conjunto de jogos que o Spiel Portugal reuniu a votação, enquanto finalistas, é espantoso. E também seria caso reuníssemos mais meia dúzia de entre os que ficaram de fora. Houve muita parra e muita uva.

Caso restem dúvidas, este prémio foi feito, sobretudo, para privilegiar os jogos especiais, aqueles que, acreditamos, permanecerão na história dos jogos para sempre. E, apesar dos seus autores terem pegado num jogo de série (Key) olharam-no de fora e tornaram-no especial. Fizeram um jogo complicadamente simples. Um jogo que se aprende distraído mas que se joga como quem separa o átomo.

A frase 'Less is more' nunca foi tão apropriada. Parabéns aos designers. Viva Keyflower!

Paulo Soledade

O Keyflower é um jogo que além de ser inovador tem um mérito que o faz sobressair de todos os outros. Trouxe o bid de volta às mecânicas de jogo. O bid era algo que parecia já estar “démodé”, mas este jogo veio provar que inovando na forma de leilão se consegue reinventar uma mecânica já antiga.

Depois é um jogo com uma base sólida de produção e troca de recursos por pontos de vitória. A forma de construção da nossa vila pode ser um pouco “confusa” de início, mas que acaba por funcionar muito bem.

Este é um dos jogos que merece estar claramente na galeria de vencedores do Jogo do Ano e que de entre os jogos de 2012 se destaca, e entra num lote muito reduzido de jogos interessantes.

Carlos Ferreira

Key Flower agarra-nos desde o primeiro instante.

Abre-se a caixa, quase se ouve um pequeno regato e cheira a flores.

Depois olhamos toda aquela verdura hexagonal e os grupos de gente, alguns de enxada ao ombro, outros de regador na mão, caminhando de encontro a cada pedaço de terra.

Daí a pouco já estamos a deitar contas à vida, levando as ferramentas e os materiais de um lado para o outro, por vezes até ao aglomerado do vizinho!

Assim pintado, parece uma coisa de crianças, mas trata-se de um jogo para gente grande, para gente que gosta de um bom desafio.

Key Flower é um digno vencedor do “Jogo do Ano”. Repete a qualidade dos seus antecessores com um punhado de boas novidades e traz às mesas algo mais: a certeza de que se podem sentar numa qualquer delas espalhadas por esse mundo fora, “gamers” e não “gamers”, sem que uns ou outros fiquem desapontados.

Parabéns redobrados perante a extraordinária concorrência dos outros jogos finalistas. Desde os estranhamente belos Ginkgopolis e Terra Mystica, até ao elaborado Tzolkin e ao viciante Netrunner.

Que bela leva, a de 2012, hem?

José Carlos Rôla

Keyflower é um jogo simples. Melhor, Keyflower é um jogo simples que dá muito trabalho (a fazer e a jogar). Assenta em mecânicas leves, num sistema interactivo muito original, que resulta num jogo polido, sem arestas, suave, apesar da inerente complexidade típica de jogo europeu. A extreme makeover ao sistema, aparentemente fora de moda, de leilão é de génio, a chave do jogo. Numa abordagem inteligente, fruto de um desenvolvimento sólido, um misto da tradição da escola alemã com uma lufada de ar fresco de criatividade e inovação com cheiro a mar, nasce um grande jogo que respira pequenos detalhes de qualidade.

Um justo vencedor do prémio Jogo do Ano. Bem vindo ao hall of fame Spiel Portugal !

Parabéns aos autores.

Nuno Sentieiro