Troyes

Troyes - Tróis ou Truá ou assim...

Quatro séculos de história espremidos numa epopeia medieval 1, 2, 3 e vertidos num copo Bauhaus de tabuleiro.

- Sumo

Muito. E docinho, eles adicionaram açúcar QB.

- Açúcar

Os dados ! um jogo denso, estratégico com a porcaria dos dados e a sorte como motor (ah... o belo do preconceito !).

- Como jogar

Lançam-se os dados. E pimba ! tá a queimar neurónios !

O jogo nasce e renasce em múltiplos lançamentos aleatórios de dados.

Mas vive de escolhas:

Os meus dados vs os dados dos outros.

Cores vs Números.

Cartas vs Cubos.

Influêcia vs Dinheiro.

“Work Force” vs Objectivos escondidos.

Porrada vs Catedral.

Mitigar a Sorte vs “Push your luck”

e vice versa !

O nível e número de escolhas é tão grande que muitas vezes encontramos o “jogador pensador” a fumegar da “tête” num demorado tilt cerebral. E é por isso que o jogo é bom ?

não, mas também... por vezes até é giro pensar...

A diversidade de estratégias, de formas de jogar, o nível de interacção são pontos que “jogam” (ui o trocadilho fácil...) a seu favor, mas Troyes é mais do que isso.

- Tema

Nenhum.

- Tema II

Vá, com muito cuspo, colou-se qualquer coisa como isto:

Os jogadores representam famílias ricas da região de “Champagne” que procuram através da sua influência recrutar tipos importantes da época, militares, religiosos e a muito em voga sociedade civil (devia haver a carta com o nobre Fernando...).

- Arte

Absolutamente fabulosa ! Um dos jogos mais bonitos que já joguei, o motivo medieval, a caixa, o tabuleiro, as cartas, tudo faz sentido como um todo coerente e de muito bom gosto. (apenas uma palavra para o tipo que inventou os ícones: “#$%& ! - não percebo uma única carta à primeira...)

- Componentes

Qualidade “europeia” e utilidade alemã.

- Mas o jogo é bom ou não é?

SIM, calma ! o jogo é muita bom... já lá ia - apressadinhos !

Cerebral, com muitas e boas variáveis, mas acima de tudo, MUITO original (coisa rara nos dias que correm), um bocadinho seco e “matemático” mas com um ratio muito satisfatório de tempo/diversão e com uma tremenda margem de rejogabilidade.

Um dos melhores do ano, sem dúvida - já repararam que os melhores jogos dos últimos tempos nascem de autores semi-desconhecidos e são publicados por editoras menos mainstream ? - já dizia a T-Shirt do Jardéu: Porque será ?

Vive le jeux ! Le Troyes est magnifique ! Uh, Ueh ! C’est pas possible !

Eu sabia que os 7 anos de Francês iam servir para alguma coisa...

8/10 (podia ser um nove se tivesse tema ou outro, um melhor... não me levem a mal, mas eu estou-me nas tintas para os “francius” - mas estes belgas fizeram um jogo do caraças!)

#nbs# - nbs@spielportugal.org

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